Veja o que você precisa saber sobre terremotos no Japão

Tempo de leitura: 5 minutos

Atualizado em novembro de 2025

Entre as muitas coisas pelas quais o Japão é conhecido, está a grande quantidade de terremotos. Este talvez seja um dos lados menos agradáveis do país. Os terremotos no Japão já foram incrivelmente destrutivos, mas, ao mesmo tempo, serviram como força motriz para o avanço tecnológico e a resiliência humana. Atualmente, os edifícios e estruturas no Japão são construídos para resistir a fortes abalos, o que torna o país um dos mais seguros diante de uma situação de terremoto.

Máquina de venda automática de emergência para auxílio em caso de desastres naturais.

História dos terremotos no Japão

O Japão está situado em cima e perto de quatro placas tectônicas, que se movem umas contra as outras e aumentam a pressão entre elas. Um terremoto ocorre quando a pressão é liberada. Não por menos, o Japão é uma das áreas do mundo mais ativas do ponto de vista sísmico.

O primeiro registro confiável de terremoto no Japão remonta cerca de 1500 anos atrás. Contudo, o registro e coleta detalhada de terremotos no país não era feita até o século XIX. Foi nessa época que a escala conhecida como Shindo foi desenvolvida.

Pelos motivos apresentados acima, as informações mais detalhadas de terremotos no Japão costumam ser sobre os que ocorreram na história recente do país: o Grande Terremoto de Kantō em 1923, o Grande Terremoto de Hanshin em 1995 e o Grande Terremoto de Tōhoku em 2011.

A escala Shindo

Shindo (震度) significa “intensidade do abalo”, portanto, ela mede e específica a intensidade do terremoto. A escala Richter é a mais usada, medindo o grau de magnitude ou a quantidade de energia que o terremoto libera.

Uma diferença significativa na escala Shindo é que um mesmo terremoto pode registrar diferentes números na escala, dependendo de onde ele é medido. Com a escala Richter, quase sempre se obtém a mesma medida.

A escala Shindo possui sete graus principais, sendo 1 a mais baixa e 7 a mais alta. Ela descreve de forma precisa qual foi o impacto do terremoto nas pessoas, edifícios, outras estruturas e no solo.

Por exemplo, na intensidade 7, você verá pessoas perdendo o equilíbrio, os pedaços de concreto e vidraças caindo dos prédios, a maioria ou todas as construções sofrendo grandes danos e rachaduras, além de fissuras, aparecendo no chão. O Grande Terremoto de Tōhoku de 2011 foi de intensidade 7 na escala Shindo.

Tecnologia à prova de terremotos

O Japão é líder mundial em tecnologia contra terremotos. O país produz uma infraestrutura de construção forte o suficiente para resistir a grandes abalos sísmicos. As estruturas à prova de terremoto são construídas com amortecedores, que podem ser tão simples quanto almofadas de borracha com vários centímetros de espessura. Os amortecedores de movimento ajudam a absorver o movimento e diminuir o impacto nos edifícios.

Os edifícios no Japão tendem a ser produzidos também de maneira mais uniforme. Se cada andar for construído com a mesma altura e espaçamento uniforme, será mais fácil para ele resistir a um terremoto.

Placa de zona de risco de tsunami.

Sistema de alerta de terremoto

O sistema Japan Kinkyū Jishin Sokuhō (緊急地震速報) fornece mensagens de alerta baseadas em instrumentos que detectam ondas sísmicas a partir de um determinado nível. Essas mensagens aparecem na TV, rádios e celulares, para chegar ao maior número possível de pessoas em um curto espaço de tempo. O objetivo é salvar o maior número de vidas, pois apenas alguns segundos são suficientes para as pessoas se protegerem de um tremor significativo.

Por conta deste sistema, todos os telefones do Japão recebem estes alarmes. Eles disparam mesmo que o telefone esteja no modo avião e geralmente são mais assustadores do que o próprio terremoto. No entanto, é melhor se prevenir do que remediar!

Simulações e evacuação

Simulações de terremotos são realizadas com frequência no Japão. As pessoas são ensinadas desde pequenas a nunca subestimar os perigos de um terremoto. As escolas realizam com frequência simulações de terremotos e cada bairro tem seu próprio ponto de evacuação. Os espaços costumam ser abertos e longe dos edifícios.

Se você mora no Japão e não sabe onde fica o ponto de evacuação local, basta visitar a prefeitura ou o escritório distrital mais próximo para obter um mapa com informações dos pontos de evacuação.

Earthquake kit PT

Kit de sobrevivência

Órgãos do governo central e regional aconselham os residentes a terem pronto um kit de emergência para o eventual caso de terremoto.

O kit inclui:

  • Água e alimentos não perecíveis o suficiente para três dias
  • Um kit médico portátil com itens básicos como curativos, desinfetantes, medicamentos vendidos sem receita e gaze
  • Lanterna
  • Rádio portátil
  • Bateria
  • Dinheiro
  • Isqueiro ou fósforo
  • Meias e luvas grossas
  • Tolhas e lenços umedecidos
  • Roupa reserva
  • Informações para contatos de emergência

Também é importante ter os seus documentos de identificação caso precise evacuar. É importante garantir que o seu cartão de residência ou passaporte estejam acessíveis a qualquer momento.

Apesar de ser um dos países com mais abalos sísmicos no mundo, o Japão também é um dos países mais seguros onde é possível estar diante de um terremoto. O país possui infraestrutura e sistemas projetados para salvar vidas e existem várias regras e instruções para seguir que ajudam a se preparar para um grande terremoto.

Risco atual de um terremoto (2025)

O risco de terremotos no Japão continua elevado em 2025, e vários relatórios recentes reforçam a importância de estar preparado. Especialistas do governo agora estimam cerca de 80% de probabilidade de ocorrer um terremoto de magnitude entre 8 e 9 ao longo da fossa de Nankai, uma depressão submarina localizada ao longo da costa sudoeste do Japão, nos próximos 30 anos. Embora os cientistas não possam prever o momento exato dos terremotos, essa estatística reflete a tensão acumulada entre as placas tectônicas e modelos atualizados.

Uma avaliação nacional de risco de desastres realizada em 2025 também revisou o impacto potencial de um evento de grande escala. No pior cenário, um megaterremoto na fossa de Nankai poderia causar até 298.000 mortes e danos significativos em todo o país, especialmente em áreas costeiras vulneráveis a tsunamis. O governo introduziu novas metas de redução de desastres para os próximos 10 anos, visando diminuir o número de vítimas e reforçar a segurança estrutural e os planos de evacuação.

Mesmo diante dessas previsões, o Japão continua a ser líder mundial em preparação contra terremotos. Simulações regulares, padrões rigorosos de construção, sistemas extensivos de monitoramento e alertas rápidos de aviso antecipado permanecem ferramentas essenciais para reduzir riscos. Para residentes e estudantes, as medidas mais importantes são manter-se informados, conhecer as rotas locais de evacuação e ter um kit de emergência pronto.

Para mais informações e dicas sobre a vida no Japão, acesse o nosso blog.

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