Tirando um ano sabático no Japão: A jornada de uma estudante para dominar o japonês

Tempo de leitura: 6 minutos
Person wearing a blue long skirt, pulling a small white luggage.

Para muitos estudantes, estudar japonês em uma universidade francesa é apenas o começo de uma jornada maior em direção à fluência e ao sucesso profissional. Embora os cursos universitários forneçam uma base, a experiência imersiva de viver no Japão é frequentemente considerada a maneira mais eficaz de dominar o idioma e a cultura. Recentemente, tivemos a oportunidade de entrevistar uma estudante francesa que tirou um ano sabático para estudar no Japão antes de começar seu mestrado em tradução.

Descubra como um ano sabático no Japão ajudou uma estudante francesa a melhorar suas habilidades no idioma japonês através da imersão linguística, os desafios que enfrentou aprendendo japonês na França e como sua estadia no Japão a preparou para um futuro de sucesso na área de tradução.

Cinco passaportes alinhados em fila (da esquerda para a direita): italiano, japonês, francês, brasileiro e outro italiano.

Sobre a Manon: Histórico acadêmico da estudante

P: Você poderia nos contar um pouco sobre seu histórico? O que você estudou antes de ir para o Japão?

R: Meu nome é Manon, sou de Bordeaux, na França, e fiz duas graduações, uma em Direito e outra em Línguas (inglês e japonês) em uma universidade na França. Antes de começar um mestrado em tradução, decidi tirar um ano sabático para estudar inglês no Canadá por quatro meses e japonês no Japão por seis meses.

P: O que a motivou a seguir sua área de estudos? Qual é seu objetivo a longo prazo?

R: Sempre fui apaixonada por idiomas. Fiz aulas particulares de inglês quando era mais jovem e estudei latim no ensino médio, o que despertou meu amor pela tradução. Atualmente, estou prestes a começar o segundo ano do meu mestrado. Definitivamente, desejo trabalhar em um ambiente internacional e poder usar minhas habilidades linguísticas.

A motivação de Manon para tirar um ano sabático no Japão

P: Qual foi o principal motivo que a levou a decidir tirar um ano sabático no Japão para estudar antes de iniciar seu mestrado?

R: Primeiro, decidi tirar um ano sabático no Japão para fazer uma pausa na universidade. Depois de fazer duas graduações ao mesmo tempo, eu realmente precisava disso. E, claro, porque queria e precisava melhorar minhas habilidades no idioma. Sou uma grande defensora da ideia de que é impossível aprender línguas pelo sistema escolar clássico, e senti que precisava de uma imersão no Japão para aprimorar ainda mais minha educação.

P: Como foi sua experiência aprendendo japonês na França?

R: Aprender um idioma, especialmente japonês, é particularmente difícil quando você não vive em um país onde o idioma é falado. Além disso, o japonês não é uma língua comum de se aprender (diferente do inglês), então sinto que os bons recursos para aprendê-lo são limitados. Antes do meu ano sabático, apesar de estudar japonês por toda a graduação, sentia que meu nível era em torno do JLPT N4 (Exame de Proficiência em Língua Japonesa) e mal conseguia falar.

P: Você sentiu que estudar japonês na França a preparou bem para a comunicação durante seu ano sabático no Japão?

R: Absolutamente não. A falta de conversas reais, cara a cara, com falantes de japonês provavelmente é o motivo pelo qual eu não conseguia manter uma conversa simples em japonês. Na universidade, às vezes tínhamos prática de conversação, mas nunca sobre tópicos interessantes para jovens como eu, e sempre com uma abordagem voltada para avaliação (e não para ganhar mais confiança ao falar japonês).

P: Quais desafios específicos você enfrentou ao aprender japonês enquanto estava na França?

R: O sistema de escrita/leitura é bastante complexo no japonês, e não ser exposta a ele diariamente torna muito difícil memorizar os kanjis. Além disso, acredito que aprender um idioma em turmas com mais de 20 pessoas é quase impossível, já que nem todos têm a oportunidade de falar. Por isso, quis uma imersão no idioma no Japão e queria frequentar uma escola específica que fosse inteiramente dedicada ao aprendizado de idiomas.

P: Como você escolheu a escola que frequentou no Japão? Você teve alguma preocupação ou expectativa antes de começar o programa?

R: Comparei as diferentes escolas no site e no canal do YouTube da Go! Go! Nihon e também pedi ajuda ao meu consultor da Go! Go! Nihon. Escolhi uma escola que exigia que eu estudasse um pouco mais em comparação com outras escolas, porque senti que era isso que eu precisava.

Para ser honesta, não estava muito preocupada porque senti que fui bem orientada e também porque já estava acostumada a frequentar escolas de idiomas (de inglês).

Matcha latte, pastel, celular e óculos de sol sobre uma mesa de mármore.

P: O suporte que você recebeu da Go! Go! Nihon ajudou durante essa jornada?

R: O suporte que recebi da Go! Go! Nihon foi ótimo! Foi muito mais fácil encontrar uma escola e moradia. Além disso, sou muito grata pela ajuda durante o processo de obtenção do visto. O Japão é um país complicado no que diz respeito à burocracia e ao processo de visto, então fiquei muito feliz por ter recebido essa ajuda.

P: Como a imersão na cultura local impactou suas habilidades no idioma japonês?

R: Isso definitivamente me ajudou muito a melhorar minhas habilidades no japonês. Ler japonês em todos os lugares (em placas, menus, produtos no supermercado…) e ouvir japonês o tempo todo ajuda você a aprender sem precisar se esforçar tanto.

P: Você progrediu mais no Japão em comparação com a França? Quais elementos culturais contribuíram para sua fluência?

R: Com certeza! Ao estudar no Japão, além da imersão no idioma, você também se sente mais motivada a aprender porque realmente deseja entender o que está fazendo, para onde está indo, o que está comendo, etc. Na França, era muito mais difícil para mim manter a motivação porque usar japonês não era necessário no meu dia a dia.

Fazer amizades com nativos japoneses definitivamente melhorou minhas habilidades de conversação, pois pude falar de forma mais casual sobre assuntos que me interessavam. Além disso, ir ao karaokê e cantar músicas japonesas é uma forma divertida de se familiarizar com a pronúncia e aprender letras de música é uma ótima maneira de ampliar o vocabulário!

P: Você poderia compartilhar algumas experiências específicas que ajudaram a superar barreiras linguísticas?

R: Ir à prefeitura e ao médico. Eu estava aterrorizada com a ideia de falar japonês com pessoas fora da escola antes dessas experiências, mas depois disso me senti muito mais confiante no meu japonês. Às vezes, colocar-se em situações desconfortáveis realmente a impulsiona a dar o seu melhor e, depois de superar esses desafios, você se sente mais empoderada e confiante.

P: Como você descreveria seu progresso no japonês desde que chegou ao Japão?

R: Acho que só percebemos o progresso que fizemos quando tudo termina. Foi quando voltei para a França, ao olhar os cadernos que usei durante os estudos, que percebi o quanto havia melhorado. Tenho quase certeza de que meu nível era N4 antes de começar na escola de japonês, e depois de voltar à França passei no exame N3 com apenas uma semana de revisão antes da prova. E tive uma boa pontuação!

Pessoa com unhas pintadas de azul e um relógio de pulso usando uma caneta para estudar em um livro japonês.

Técnicas de aprendizado e experiências no Japão

P: Quais técnicas de aprendizado ou experiências específicas no Japão ajudaram a aprimorar suas habilidades linguísticas?

R: Falar sobre assuntos que importam para você ou que sejam do seu interesse é muito mais eficaz do que seguir um currículo às vezes. Por isso, recomendo muito que as pessoas façam amizades com quem possam conversar em japonês. Além disso, ler livros em japonês que você já leu no seu idioma nativo pode melhorar suas habilidades de leitura de forma mais fácil.

P: De que forma essa experiência a preparou para seu futuro mestrado?

R: Estudar japonês de forma intensiva no Japão provavelmente me poupou muito tempo e dificuldades durante o primeiro ano do meu mestrado. Como estudante de tradução, preciso ler muitos textos em japonês, e sinto que leio muito mais rápido do que antes do meu ano sabático. Também consigo deduzir o significado de kanjis mais facilmente, pois estou mais familiarizada com eles.

P: Como você acha que essa experiência a mudou?

R: Viver no exterior por um ano inteiro definitivamente me ajudou a me tornar uma pessoa mais independente. Além disso, sinto-me mais confiante ao lidar com questões administrativas, conhecer novas pessoas e me expressar de forma geral.

P: Como você acha que seu tempo no Japão moldará sua futura carreira?

R: Esta experiência no Japão realmente reforçou meu sonho de trabalhar em um ambiente internacional. Amo o idioma japonês e espero poder usá-lo em minha futura carreira.

P: Que conselho você daria para outros estudantes que estão pensando em tirar um ano sabático no Japão?

R: Acho que o melhor conselho que posso dar é aproveitar o processo e fazer o máximo de coisas possível. É uma experiência única na vida, e você não deve deixar sua ansiedade ou seus medos impedirem você de experimentar coisas novas, conhecer novas pessoas e descobrir novos lugares.

Curioso para tirar um ano sabático no Japão e estudar japonês?

Se a experiência da Manon de tirar um ano sabático no Japão e o incrível progresso que ela fez inspiraram você a considerar o mesmo caminho, não hesite em entrar em contato conosco.

A Go! Go! Nihon está pronta para ajudá-lo a dar o primeiro passo em direção à sua própria experiência inesquecível no Japão. Para saber mais sobre as opções de curto e longo prazo para estudar japonês no Japão, confira nosso artigo aqui.

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