História dos alunos: a espera de 6 meses do Marco para estudar no Japão durante a COVID-19

Tempo de leitura: 5 minutos

Marco é um dos nossos alunos da Itália, que começaria a estudar japonês em abril de 2020. Mas, então, a surgiu a pandemia global de COVID-19, o mundo se fechou e Marco ficou sem saber quando poderia ir ao Japão. Essa foi a realidade de muitas pessoas que queriam estudar no Japão em 2020 durante a COVID-19.

Devido ao fechamento das fronteiras, os intercambistas de outros países não tinham permissão para entrar no Japão entre abril e setembro de 2020. Isso deixou muitos deles sem saber o que fazer.

Continue lendo para descobrir como foi a experiência do Marco e os procedimentos pelos quais ele passou para finalmente estudar no Japão durante a COVID-19.

* As respostas foram editadas por questões de clareza e tamanho.

Olá Marco, conte-nos um pouco sobre você!

Meu nome é Marco, tenho 24 anos e sou italiano. Estudo na Arc Tokyo Japanese Language School, campus de Iidabashi. Vim aqui em outubro de 2020 com o JLPT N5 (exame de proficiência em língua japonesa) e agora (final de janeiro de 2021) alcancei o nível N4. Vou ficar aqui por mais um ano e meio para terminar meus estudos de idioma e, em seguida, quero começar meu próprio negócio no Japão após terminar as aulas.

Por que você queria estudar japonês e por que escolheu o Japão?

Desde criança, sempre amei assistir animês e mangás. Em 2017 me apaixonei mais pela sociedade japonesa em geral, por isso, comecei a estudar sozinho o idioma. Estudar no país onde o idioma é falado permite que você entenda se está realmente interessado no idioma e na cultura.

Quando você deveria chegar ao Japão?

O plano era vir aqui no final de março de 2020 para começar a escola em abril de 2020. Acabei vindo em outubro de 2020 depois de muitos problemas. Em março, fiquei preocupado por não poder mais vir ao Japão, pois eles pararam de liberar o visto quatro dias antes da minha chegada. Sinceramente, pensei em cancelar minha matrícula, mas no final, a vontade de vir aqui era muito forte.

Como este atraso influenciou seu cotidiano?

Foi muito difícil nos primeiros dois meses. Durante esse tempo, fiquei muito triste por não poder ir ao Japão. Comecei a me perguntar se essa era a escolha certa ou se valia a pena. Em maio, comecei a trabalhar e continuei trabalhando o verão inteiro. Trabalhar ajudou muito a me distrair!

Como a Go! Go! Nihon ajudou você durante a fase de matrícula e os meses de espera?

A Go! Go! Nihon esteve ao meu lado durante todo o processo, desde o visto até a escolha da melhor escola. Eles me ajudaram a organizar tudo (hospedagem, dicas úteis, como se registrar na prefeitura, como entrar no seguro saúde e assim por diante). Durante a pandemia, eles me mantiveram atualizado o tempo todo.

No final de setembro, o Japão anunciou que a partir de 1° de outubro seria possível aos intercambistas de outros países entrarem no Japão. Contudo, havia procedimentos a seguir. Poderia contar o que você teve que fazer para vir ao Japão?

Primeiro, tive que conseguir um novo visto, pois, o que recebi em março não era mais válido. Para renovar o visto, tive que entregar um novo documento, chamado Juramento Escrito (“Written Pledge”, em inglês). Ele basicamente comprovou que minha escola iria me vigiar durante a quarentena.

Além do Juramento Escrito, tive que mostrar o CoE (Certificado de Elegibilidade) original – que ainda estava no meu passaporte – ao consulado japonês. Também tive que preencher os mesmos documentos que havia preenchido em março.

Além do passaporte com o novo visto e do CoE, no check-in no aeroporto também tive que trazer:
– Uma cópia impressa de um teste PCR negativo feito 72 horas antes do voo
– O Juramento Escrito
– Uma cópia do meu seguro saúde para os 14 dias da quarentena (no meu caso, a escola forneceu)

Assim que eles verificaram os documentos, eles me deram um formulário para colocar meus dados pessoais, escrever o motivo da viagem e os números dos voos com os respectivos destinos. Além disso, tive que declarar que não estava em quarentena na Itália e que não tinha sintomas de COVID-19. Eles ficaram com este formulário antes do embarque.

Observação: muitas companhias aéreas exigem que você preencha este formulário online antes da partida ou check-in.

Narita Airport Terminal 2 sign

Ao chegar ao Japão, o que você teve que fazer para passar pela imigração e segurança do aeroporto?

O procedimento foi simples. Depois do pouso, tive que fazer um teste de saliva para COVID-19. É meio complicado o teste, porque tenho que soltar muita saliva… mas em 5 minutos consegui. Eles colocaram um número no formulário que havia preenchido no avião e esse foi o número usado para devolver os resultados do meu exame.

Em seguida, fui para uma segunda sala, onde verificaram e recolheram o Juramento Escrito e todas as informações relativas à quarentena e hospedagem.

Depois disso, fui para uma sala de espera, onde era possível comprar bebidas ou comida. Em seguida, ligaram para o meu número e, assim que eles verificaram o resultado do teste de COVID-19 – que deve ser negativo – passei pelos procedimentos normais da imigração.

Na imigração, verificaram todos os meus documentos – passaporte, visto, CoE, resultado do exame PCR feito antes da partida – e me deram o Cartão de Residência. Em seguida, fui para a área de retirada de bagagem.

Tudo foi perfeitamente organizado. Saí do aeroporto em uma hora e meia.

Conte-nos sobre sua hospedagem durante a quarentena

Minha escola preparou a minha hospedagem durante a quarentena em Yokohama. Um membro da escola me buscou no aeroporto e me levou para a hospedagem. Fui de transporte particular.

Observação: algumas escolas escolhem a hospedagem da quarentena para seus alunos, enquanto outras não.

Fiquei hospedado em um hotel que normalmente é usado para conferências ou cursos de treinamento. Um andar inteiro foi reservado para os alunos ficarem em quarentena. Café da manhã, almoço e jantar eram entregues no meu quarto todos os dias. Ele vinha no clássico formato de um bento japonês (marmita). Não podia sair do hotel por nenhum motivo, exceto com permissão da escola, por problemas graves de saúde ou por sintomas de COVID-19.

study in Japan

Agora está frequentando as aulas? Quantas aulas você tem? Elas são realizadas online ou pessoalmente?

Até dezembro de 2020 tinha aulas presenciais de segunda a sexta-feira, 3 horas e 15 minutos por dia. A partir de janeiro de 2021, estou com aulas 2 dias por semana, 3 horas por dia. Os 3 dias restantes são aulas online pelo ZOOM (também 3 horas por dia).

Como é estudar no Japão durante a COVID-19?

Dadas as circunstâncias, está indo tudo bem. Também consegui encontrar um emprego de meio-período em dezembro de 2020, então estou feliz no momento. Obviamente, preferia que está situação não existisse para poder usufruir de todas as oportunidades que a cidade tem para oferecer. Mas tudo bem, tenho uma grande capacidade de adaptação a diferentes situações.

A Go! Go! Nihon pode ajudá-lo a estudar no Japão, mesmo durante a COVID-19. Entre em contato para solicitar ajuda.

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