As 10 maiores dúvidas sobre como ir viver e estudar no Japão

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Você já quis saber quanto custa estudar no Japão? Quais tipos de visto você pode usar, se pode trabalhar, como funciona moraria, etc? Todas estas questões e muitas outras foram respondidas pelo Felipe na nossa sessão ao vivo de perguntas e respostas!

Veja tudo no vídeo a seguir “Como ir viver e estudar no Japão”, ou leia a transcrição abaixo!

As 10 maiores dúvidas sobre como ir viver e estudar no Japão

  1. Como funciona?
  2. É só para descendente?
  3. Tem limite de idade?
  4. Quanto custa?
  5. Posso trabalhar no Japão?
  6. Posso fazer faculdade ou pós-graduação no Japão?
  7. Vocês oferecem bolsa de estudos?
  8. Preciso saber japonês ou inglês para ir?
  9.  Como conseguir moradia?
  10. Vocês tem escritório ou representantes no Brasil?

Felipe: Bom dia pessoal, boa noite para o pessoal que está aí no Brasil. Feliz dia dos pais, hoje também domingão. Aqui no Japão já é segunda-feira. Estamos aqui no nosso escritório do Go! Go! Nihon aqui no Japão, aqui em Tóquio, são dez da manhã agora. Estamos começando nossa live explicando como você faz para poder vir aqui para o Japão para trabalhar, para estudar. Então vamos lá, a primeira pergunta que o pessoal sempre faz, foi assim, o que mais aconteceu, o pessoal chegava no nosso estande do Go! Go! Nihon lá na Anime Friends e perguntava uma só coisa, “Como funciona?

Funciona assim, se você quiser vir para o Japão como estudante, você pode vir de duas formas que a gente chama de curta duração e longa duração. Curta duração seria um curso de até três meses em que você vem pra cá com visto de turista, você consegue na embaixada normalmente, você chega lá, leva o seu roteiro de viagem, comprovante de renda, você fala, “Quero ir para o Japão passar 90 dias lá.” Você vem para cá, entra numa escola, estuda por 90 dias, acabando esse período, você volta para o Brasil. Essa é a maneira mais simples, só que tem várias desvantagens, você não pode trabalhar, são apenas 90 dias que não é o suficiente você aprender o idioma. Então tem várias desvantagens com isso.

O que o pessoal não conhece no Brasil que a gente está agora tentando espalhar essa informação é a questão dos visto de estudante. O visto de estudante permite que você venha para o Japão a partir de seis meses até dois anos, que você venha para cá como estudante, isso dá vários benefícios para você. Por exemplo, você pode abrir conta em banco, você pode ter uma conta corrente num banco japonês, inclusive um cartão de crédito, você pode trabalhar meio período até 28 horas por semana, o que chamam de baito, arubaito, e também você tem a opção de usar o seguro– O sistema de saúde público japonês, é como se fosse uma espécie de SUS, só que uma qualidade japonesa, assim ele cobre 70% dos seus custos, é sensacional isso.

Tudo isso está atrelado ao seu visto de estudante que para conseguir você tem que vir para o Japão para estudar japonês por no mínimo seis meses. Aí entra a parte do Go! Go! Nihon. O que a gente faz, você entra em contato com a gente e fala, “Olha, eu queria estudar, sei lá, estou indo para o Japão agora em novembro, eu queria passar dois meses aí estudando o idioma.” A gente ajuda você a encontrar uma escola, você só precisa do visto de turista, é bem tranquilo, a gente faz a matrícula para você. Agora se você quiser vir mais tempo, você tem uma ambição, “Ai eu queria muito ir aí, porque eu queria estudar para depois fazer uma faculdade, fazer uma pós, ou então quero ir para o Japão para trabalhar.” A gente ajuda você, como funciona.

Você fala comigo em português, a gente sempre tenta fazer esse negócio de falar nativamente com as pessoas. Então você vai falar comigo em português, eu vou analisar seu caso, a gente vai pegar suas informações, seus documentos, você vai dizer, “Quero estudar em Tóquio por um ano, eu já tenho o N5, quero chegar até o N3, depois eu quero fazer uma faculdade ou então quero trabalhar.” A gente pega esse perfil, vê quais são as melhores escolas que se encaixam nesse perfil, que aceitariam a sua matrícula e a gente encaminha você para essas escolas, como.

Aqui no Go! Go! Nihon, a gente tem várias equipes de vários idiomas, então assim, o pessoal que lida com o estudante, tem eu, tem o pessoal em espanhol, pessoal italiano, pessoal sueco, inglês, vários países. E a gente tem também uma equipe de japoneses que faz meio de campo entre a gente e as escolas. Então você fala comigo português, a gente fala com a nossa equipe japonesa e eles falam em japonês com as escolas. Então está sempre todo mundo trabalhando no idioma nativo, isso tem uma comunicação muito mais fácil. Então resumidamente é isso, você fala o que você quiser fazer, a gente entra em contato com as escolas e ajuda você a conseguir o visto.

A partir do ponto que você escolheu, “Quero essa escola”, você manda os documentos, a gente traduz, passa para a escola, a gente faz a matrícula, a escola vai mandar os seus documentos para a imigração, a imigração vai conseguir dar o visto para você. Eles vão emitir o certificado de elegibilidade, esse certificado, você leva na embaixada japonesa mais próximo de você, aí no Brasil, converte no visto e vem aqui para o Japão. Resumidamente, a parte simples é isso. Segunda pergunta, talvez a mais comum de todas, “Precisa ser descendente ou preciso ser estudante?” Não, não precisa.

No Brasil, por termos uma comunidade muito grande de japoneses, na TV sempre aparece sobre o visto de nisei ou de sansei, e agora tem o visto de yonsei também. Mas você não precisa ser descendente. Como vocês podem ver, eu não sou descendente, e eu vim aqui para o Japão, estudei em uma escola de idioma e hoje eu trabalho aqui, tenho um visto de trabalho. Isso eu fiz usando o visto de estudante. Pessoalmente aqui na empresa, a gente considera essa a melhor forma de você vir se você tiver um plano de longo prazo, porque aí você não chega assim “Vou chegar para trabalhar,” sem saber nada de japonês, sem nenhuma estrutura e já sendo jogado na água escaldante.

Não, você vem aqui com calma, você chega, você vai ter uma escola, você vai ter um dormitório ou vai ter uma shared house. Você pode aprender no idioma, você pode ter toda uma ajuda de como se cadastrar, como entrar no sistema de saúde, criar uma conta bancária, você tem todo esse processo de transição feito com a ajuda da escola e do Go! Go! Nihon. A gente ajuda você a encontrar um alojamento, ajuda você a encontrar uma escola, todo esse trabalho que a escola vai ajudar você a abrir uma conta em banco, a se registar na prefeitura. Então você tem todo esse trabalho de adaptação e você pode continuar estudando japonês até você se sentir seguro dai sim começar a trabalhar, procurar no bairro, então é uma transição com mais nuance. Só que o que eu fiz eu vim para cá fiz dois anos de escola, fui contratado pelo Go! Go! Nihon primeiro como Part time agora como full time e hoje tenho visto de trabalho mesmo não sendo descendente.

Já entrando na próxima questão não precisa, não tem limite de idade, se você tiver mais de 30 anos, não tem problema. Eu tenho mais de 30 anos. Esse negócio da idade vem tanto do visto de yonsei, que ele tem esse limite que é só de 18 a 30 anos, quanto da bolsa do MEXT, o Monbukagakusho. Que muita gente quer ter acesso a essa bolsa mais também tem limite de idade. Eu prestei essa bolsa três vezes e falhei e eu fui cortado depois que o limite de idade eu já tinha mais de 30 anos e ai eu consegui depois, vim com visto de estudante, então você não tem a questão de idade isso não é um problema.

”Quanto custa?”  O Go! Go! Nihon não tem essa coisa que eu acho muito irritante que você entra lá no site da faculdade, tem assim, “Consulte-nos para saber o orçamento” ou “Veja o preço no investimento.” Não. Você entra no site Go! Go! Nihon todas as escolas estão listadas lá o preço quanto custaria. Quer vir por três meses, seis meses até dois anos esta lá o preço certinho.

E você pode conferir é exatamente o mesmo valor no nosso site e no site da escola. Por quê? Porque a nossa parceria não é uma parceria tipo comissão. O nosso trabalho é ser um intermediário. Por exemplo, uma escola de 200 pessoas aqui em Tóquio, eles não vão ter uma equipe que fale português, que sabe o que é um CPF, o que é um imposto de renda, não sabe o que é um RG, eles não tem esse trabalho. Eles também não tem como, por exemplo, ir até o Brasil na Anime friends fazer um estande lá falando, “Venha para o Japão.”. Aí que entra o nosso trabalho, o que a gente faz e a gente funciona como se fosse um time de marketing e de idiomas nas escolas.

Então como eu falei a gente tem suporte em mais de oito idiomas, português, inglês, espanhol, sueco, etc, e eles pagam a gente para fazer todo esse trabalho. Então, por exemplo, vamos dizer que você quer vir para o Japão e estudar na Akamonkai. Você entra em contato com eles e falando ”Olha eu só consigo falar em português.”, eles vão mandar você para a gente e ai eu vou cuidar do seu atendimento. A gente faz parte da equipe deles de marketing e de línguas, por isso o nosso preço é exatamente o mesmo. Por isso que a gente fala, não tem motivo para você não usar o Go! Go! Nihon. Porque você tem o apoio no seu idioma em português, a gente ajuda com a acomodação, você tem todo esse suporte e vai ficar exatamente a mesma coisa.

Para dar uma media para o pessoal que está ouvindo, se você vier fazer três meses, só as aulas vão custar por volta de ¥200.000, que vai dar por volta de uns R$6.000. Se você vier por mais tempo aí você tem que provar a renda. Então, por exemplo, se você for vir estudar no Japão por seis meses, as escolas vão custar mais ou menos ¥500.000 as aulas. Lógico que isso depende, em Tóquio é mais caro, se você for para Sapporo que é a capital de Hokkaido vai sair mais barato. Mas vai ser nessa média.

Só que para você vir e receber o visto de estuante você vai ter que comprovar renda para as escolas, você vai ter que falar assim ”Eu tenho como me sustentar.”. Nesse caso a imigração vai pedir uma quantia em dinheiro para você comprovar na sua conta, esse valor para seis meses vai ser por volta de ¥1.000.000 que vai dar uns 30, 32 mil reais atualmente, não quer dizer que você tenha que gastar isso, não quer dizer que você tenha que pagar isso, quer dizer que antes de começar todo o processo você vai ter que chegar para a escola mandar para a gente um extrato bancário e um imposto de renda que prove que você tenha esse dinheiro.

Aí se você, por exemplo, for para Tóquio vai acabar sendo mais ou menos isso que você vai gastar um milhão de ienes 900 mil, se você ao invés de isso for para Sapporo, for para Kobe, for para Fukuoka, que são outras cidades que a gente trabalha, que o custo de vida é muito menor, você acaba tendo um gasto, lógico, muito menor e você não precisa gastar todo esse dinheiro, mas é uma margem de segurança importante.

Posso trabalhar no Japão?“, você pode trabalhar meio período com o visto de estudante. Se você vier com um visto de turista é proibido trabalhar no Japão, você não pode fazer Baito nem nada, mas se você vier com um visto de estudante, você pode trabalhar, como eu mencionei, 28 horas por semana. E aí são vários tipos de arubaito, não é só trabalhar em Konbini, restaurante, você pode trabalhar com empresas, como eu trabalhei aqui no Go! Go! Nihon meio período, você pode trabalhar qualquer lugar, desde que não seja, como eles dizem, entretenimento adulto.

Então, você não pode trabalhar em um casino, você não pode trabalhar em um bar noturno, em uma casa de massagem. Coisa assim você não pode nenhum estrangeiro pode, o resto está liberado 28 horas por semana. Só que esses trabalhos, e essa é uma coisa muito importante de falar, esses trabalhos não são suficientes para pagar todos os seus custos no Japão, por isso que é importante que a Imigração peça esse dinheiro.

Não existe você chegar para cá “Ah, vou vim para o Japão, eu tenho só uma graninha para a passagem e vou trabalhar.”. Não façam isso, vocês não vão conseguir, é uma coisa extremamente arriscada e a Imigração pede o dinheiro justamente para evitar isso. A maioria dos pagamentos que você vai ter que fazer, por exemplo, das escolas, isso aí já é feito adiantado.

Então, se você for estudar por seis meses no Japão, você vai ter que pagar seis meses adiantado. Então, você não tem como parcelar por mês para pagar com o seu salário e mesmo vindo para o Japão para trabalhar, você tem que pensar na alimentação do idioma e do trabalho. No começo, você não vai conseguir pegar muitos trabalhos enquanto você não tiver um japonês a ponto de você conseguir– Por exemplo, você vai trabalhar em uma Konbini, você falar com o cliente.

E no Japão você tem a questão do Keigo, você não vai falar, tipo, “Opa, cliente, tudo bom?”, você tem que usar aquele japonês extremamente formal, que é uma coisa mais complicada. Então, para você conseguir esses trabalhos demora um pouco mais de tempo de aula. Você pode pegar uns trabalhos braçais, tipo carregador de caixa, empacotador de obentô. Isso existe, só que não com esse tipo de trabalho que você vai conseguir se sustentar, ele é uma espécie de apoio, até porque eu não conheço nenhum caso de alguém que conseguiu trabalhar 28 horas semanais. A maioria dos trabalhos são três ou quatro dias por semana ou então só tipo sábado e domingo. Então, você vai trabalhar, vamos dizer assim, em vez de 28 horas, você vai trabalhar 12, 16 horas. Então, leva isso em consideração na hora de fazer um orçamento. Você vai ter que pagar tudo adiantado. Não dá para parcelar mensalmente e você vai ter que também- não vai conseguir trabalhar as 28 horas.

Só uma coisa. Eu estou aqui falando bastante, mas eu vou primeiro responder as 10 perguntas e depois eu vou checar os comentários e vou respondendo, tá? Só para ficar uma coisa assim mais ágil. Desculpa, que eu não estou checando que fica meio complicado checar os dois ao mesmo tempo.

Posso estudar no Japão, fazer uma faculdade, uma pós?” Pode. Vou falar da seguinte forma. Vamos dizer que você vem aqui e você não sabe nada de japonês, mas você sonha em fazer uma faculdade ou uma pós. Normalmente, as faculdades vão pedir que você tenha o nível N2 de fluência no JLPT ou nihongo nōryoku shiken. Como funcionaria? Se você não souber nada, a maioria dos cursos nossos de dois anos vão levar você do zero até o N2, que seria a fluência necessária.

A gente ajuda você a encontrar uma escola que tenha o preparo para você entrar em uma escola desse tipo. É como se eles misturassem aula de idioma com um cursinho. Você vai aprender o idioma e nesse cursinho você vai ter preparo para o vestibular deles que é o EJU, que é como se fosse um ENEM só que ele é feito só para estrangeiros. Então se você é um brasileiro que estuda em uma faculdade que estuda em uma faculdade japonesa, além de saber o japonês, você tem que passar nessa prova, que é uma prova de conhecimentos gerais bem parecida com o ENEM mesmo, com o vestibular. Nós temos várias escolas que ajudam nesse preparo.

Mas, essa prova, infelizmente, só é feita na Ásia. Então, não é algo que você possa fazer do Brasil. Por isso, mesmo que você queira só fazer a faculdade, você fala assim “Eu já sou fluente em japonês”, a gente recomenda que você venha para cá e faça nem que sejam três meses de aula, seis meses, para você poder reforçar, para você estar bem afiado na conversação e na audição na hora que for ter aula e para você poder estar no Japão na hora de fazer e receber o resultado das provas, então normalmente, a maioria das faculdades japonesas começam em abril os cursos.

Então, vamos dizer, você vem abril agora de 2019, se você já souber bastante japonês, você faz um ano de curso e aí em abril de 2020 você começa as suas aulas já na faculdade. Não tem limitação no tempo de visto. O visto que a gente oferece ao estudante é de até dois anos, que ele é um visto de idiomas, ele é o visto undergraduate que eles falam, que é para a pessoa abaixo de faculdade. Não tem o menor problema você fazer dois anos de estudo de idiomas, depois de entrar em uma faculdade, você vai trocar de categoria do visto de estudante. Então ele vai ser um outro tipo e você pode estudar mais os quatro anos de faculdade, se quiser fazer o mestrado e depois fazer uma pós, esse é o tipo de visto que o pessoal que vem pelo MEXT, pelo Monbukagakusho usam. Então é um visto de estudantes especial. Para universidade você pode usar também.

“Vocês oferecem bolsa de estudo?” Infelizmente, não. É até importante falar isso, a bolsa de estudo no Japão, a lógica dela é muito diferente da brasileira, ela é um pouquinho mais baseada na meritocracia, entre aspas, porque ela não é para a pessoa que não tem dinheiro e quer entrar na faculdade ou quer entrar em uma escola de idiomas, é para o pessoal que já está lá dentro cursando e está indo muito bem. Na hora de você aplicar não vai ter nenhuma bolsa. O que vai acontecer é, você estuda lá por três meses e cada– O ano letivo deles é dividido em trimestres, começa em janeiro, abril, julho e outubro.

Então vamos dizer, você chegou agora em outubro, você vai estudar até dezembro, começa janeiro, você chega lá e fala, “As minhas notas são altíssimas, eu tenho 9 e 10 em todas as provas, minha porcentagem de presença é impecável, eu vim em todas as aulas. Então eu queria aplicar para uma bolsa.” E aí eles tem bolsa para esse tipo de aluno, ou que tem notas maravilhosas, presença altíssima e tudo mais. Inclusive, um pequeno parentese aqui, a negócio da presença, no Japão é importantíssimo. Como você vem com o visto de estudante, o seu patrocinador, vamos dizer assim, é a própria escola. Então a escola é responsável por você e na hora que você vir com o visto, vamos dizer que você veio com um visto de estudante de seis meses, de repente você quer renovar, “Eu gostei muito, quero ficar mais seis meses.” A escola vai checar qual que é a sua porcentagem de presença em aula, se for baixa, eles simplesmente falam, “Não. Você não vai ficar, você não tem interesse de estudar, você está faltando muito.” Normalmente é por volta de 80%-70%. Eles são bem rigorosos. Algumas escolas, as mais rigorosas de todas, por exemplo, Akamonkai, se você tiver menos de 90% de presença é capaz deles já cortarem você. Então é muito importante levar isso em consideração, não é uma brincadeira, eles são muito sérios com isso.

As escolas, você vai ter todo dia por volta de três-quatro horas de aula por dia, muita lição de casa, principalmente essas escolas de alto nível, tipo Akamonkai, KICL em Quioto. São escolas extremamente rigorosas, que vão cobrar muito de você. Por isso que a gente fala que é muito importante você passar o perfil do que você quer para a gente. Porque se você fala, “Eu quero estudar em uma escola muito rigorosa.” A gente vai te mandar para uma escola dessas. E aí todo dia você vai ter quatro horas de aula e mais quatro ou cinco horas de lição de casa todo dia, que se você não fizer, você não vai acompanhar. Em compensação, você aprende muito rápido. Vou dar um exemplo rápido, para o pessoal que está estudando japonês e que tem uma noção, a maioria das escolas em três meses, em um trimestre, você saindo do zero vai aprender hiragana, katakana e por volta de uns 100, 150 kanjis, vai depender do nível da escola, mais toda a gramática. É uma coisa bem acelerada, que quem estuda no Brasil, você não tem essa imersão, você não tem tantas horas de aula por semana, isso é um negócio que demoraria mais de ano, às vezes, mas aqui você consegue em três meses e você já chega no N5. É bem eficiente.

Preciso saber japonês ou inglês?”. Não. Você não precisa saber nada disso, você pode começar do zero. Vão ter escolas que vão pedir que você já saiba hiragana e katakana, outras escolas não. É só você avisar para a gente qual que é o seu nível. Mas sinceramente, se você está vindo para um curso de longa duração, você vai ter que aplicar por volta de uns cinco ou seis meses de antecedência. A gente recomenda que nesse tempo você vá estudando hiragana e katakana, mesmo que você não saiba nada, para a hora que você chegar você já ter uma noção, porque o ritmo é bem acelerado. Vocês vão ter uma ou duas semanas para aprender hiragana e depois uma ou duas para katakana. Se for uma escola que espera que você já saiba, vai ser um dia hiragana, um dia katakana e aí já começa kanji. Então é importante você dizer o que você já sabe. Mas se você não souber nada, não tem problema. Se você não souber inglês, também não é um problema, porque você vai estudar com gente do mundo inteiro, muitas vezes que não sabem inglês também. Então vai ter um montão de chinês que não vai saber inglês. Isso é bom, porque força você a falar em japonês com eles, não fica aquela bolhinha assim, vamos dizer, de um montão de brasileiros falando em português. Não, muito provavelmente você vai ser o único brasileiro da sua classe, todo o resto vai falar outros idiomas. Então, você pratica o japonês em aula e se você quiser, você pode também praticar o espanhol, o inglês, é uma experiência muito interessante.

Moradia“. Moradia é uma parte que a gente ajuda diretamente, não tem muita relação com as escolas. Então, o nosso site tem as listagens de todos os preços e tipos, mas resumidamente funciona assim, algumas escolas oferecem dormitório, que esse é um preço bem acessível, mas se você tiver uma escola que não ofereça isso, a gente também pode ajudar você a encontrar uma share house, como se fosse uma república, cada um tem um quartinho e você tem uma área coletiva, cozinha, banheiro, lavanderia coletivo, esse quarto de share house, ele pode ser compartilhado ou privado, só você.

Você tem a opção de apartamentos, que você pode sim alugar um apartamento em Tóquio, não tem o menor problema, é caríssimo, mas é viável. Em outras cidades é bem mais barato, por exemplo, Quioto, Sapporo o preço é bem mais barato, mas você tem essa opção. E a última opção é casa de família. Muita gente gosta, que você vem e passa, sei lá, um, dois meses na casa de uma família japonesa, morando lá com eles, com o seu próprio quarto e aí você vai ter café da manhã com eles, jantar com eles, vai no supermercado e passa o dia inteiro falando em japonês. Então, é uma experiência bem imersiva da cultura japonesa.

Você tem escritório representante no Brasil?“. Não, o Go! Go! Nihon, o nosso único escritório é esse aqui em Tóquio, que a gente está agora. A gente, às vezes, faz eventos, que a gente vai em outros países, como, por exemplo, o mês passado eu estava lá na Anime Friends, estava aí fazendo eventos em São Paulo, mas o nosso escritório é esse, mas se você tiver qualquer dificuldade, você pode simplesmente pegar o telefone e marcar com a gente, a gente liga com você, fala por Skype, que não tem o menor problema.

Então, essas são as 10 perguntas aqui que eu separei, que são as mais comuns. E agora eu só vou dá uma checada aqui rápida para ver com vocês o que vocês estão falando, ver se tem alguma dúvida rápida que eu já possa responder agora. Só um segundinho. Vamos ver aqui, abrir aqui a live e ver se tivemos algum comentário rapidinho. Então, bom dia- boa noite para o pessoal aí, Iuri, Joaninha, Ayaka, Igor, Douglas. Então, a primeira pergunta do Douglas. “Eu posso trabalhar em dois arubaitos diferentes?”. Pode. Se você tiver dentro do limite de 28 horas, não tem nenhum problema. Então, você pode, sei lá, durante a semana você trabalha terça e quinta no McDonalds e aí no fim de semana você trabalha em uma konbini. Ou então, eu mesmo. Eu estava trabalhando aqui era só de segunda a sexta. Eu poderia ainda, sobrava horas no meu limite para eu poder no fim de semana, se eu quisesse trabalhar como tradutor, trabalhar em uma konbini. Você pode combinar desde que o limite não ultrapasse 28 horas.

Tecnicamente, você trabalhar como freela ou trabalhar de casa, conta nisso tudo. Então, toma cuidado na hora que você for conversar com as pessoas. Então, você fala assim “Ah, eu trabalho de casa.”. O cara vai perguntar “Tá, isso está dentro do seu limite de 28 horas?”. Então, cuidado com isso.

“Quais tipos de baito viram full-time?” A questão de virar full-time, eu esqueci de mencionar isso, é importante. Para você virar full-time, você precisa conseguir o visto de trabalho. O visto de trabalho, ele tem alguns requerimentos. O mais importante  é você ter ensino superior ou uma especialidade, ter experiência de 5 a 10 anos em uma área específica.

Então, vamos dizer, talvez você não tenha um diploma de Letras, mas você tenha 10 anos trabalhando como tradutor. Você pode vim para o Japão e arranjar uma empresa que te contrate como tradutor. Se a empresa te contratar e falar assim “Eu quero essa pessoa. Ela tem experiência.”, não tem o menor problema. A própria empresa, o advogado deles vai entrar com o pedido de visto e aí você recebe o visto de trabalho. Só que isso é importantíssimo. Se você não tiver essa experiência e se você não tiver um diploma, é praticamente impossível que você consiga um visto de trabalho. Então, fica esse aviso.

Vamos dizer, se você tiver 20 anos e você quer vim para cá para trabalhar, você vai conseguir trabalhar em arubaito, meio período, com o visto de estudante, mas a hora que acabar o visto você vai ser obrigado a voltar para o Brasil, porque não tem como converter legalmente para o visto de trabalho a menos que você tenha qualificação. É complicado isso, você tem que ficar bem atento com isso.

“Posso trocar o meu visto de estudante por um visto de trabalho?” Pode. Foi o que eu fiz. Como eu mencionei, eu tenho faculdade, eu sou formado em marketing, trabalhava aqui no Go! Go! Nihon, part-time e eles me contrataram full-time e entraram com um pedido de visto, ganhei o visto de trabalho, hoje eu tenho um visto de trabalho de três anos. Não tem o menor problema fazer essa troca. A única troca que é ruim de fazer, que eu não recomendo que vocês tentem de jeito nenhum é vir como turista e depois tentar converter no visto de trabalho, porque isso é dificílimo e dependendo da cidade que você está, a Imigração simplesmente vai dizer “Não, a gente não aceita isso.”.

Então, é uma questão muito complicada. Não venham assim na louca “Ah, em três meses eu consigo um trabalho full-time.”. Não façam isso que mesmo que você conseguiu uma empresa, a Imigração provavelmente vai te bloquear.

“Para estudar um ano em Osaka quanto tenho que comprovar para a Imigração?” A maioria das escolas vai ser ¥‎1 milhão. Dependendo da escola pode ser um pouquinho mais, pode ser ¥‎1,2, mas vai ser mais ou menos nessa média, vai ter que comprovar isso.

“Tem que comprovar três anos de renda estável?” Não, não tem que fazer isso. Comprovando que você tem um dinheiro em conta, esse é o mais importante, um financiador pode ser também. Você tiver o dinheiro em conta, isso é o mais importante. Aí vão dizer assim “Ah, eu juntei esse dinheiro trabalhando pouco a pouco.”, não tem problema, mesmo se você tiver isso desempregado, você só tem que mandar, sei lá, o imposto de renda que diga “Olha, eu trabalhei. Esse dinheiro veio de um trabalho.”, uma coisa meio japonesa assim, que eles querem que você provar que você é uma pessoa interessada, que trabalhou para conseguir isso.

Então, você tendo o dinheiro e mandando para a gente o imposto de renda, uma coisa assim, que comprove renda, se o dinheiro for suficiente já está okay. Não tem nada de comprovar três anos de emprego estável nem nada, isso não é necessário. Mais outras perguntas aqui “É possível entrar em contato direto com você?”. Vocês podem– Eu sou a única pessoa que fala português na empresa, então, você mandando um e-mail em português vai vir automaticamente na minha conta. Você ligando para cá falando que quer falar em português, também já cai automaticamente no meu ramal. Então, teoricamente, já é tudo direto, não tem muito outra forma.

Como funciona a assistência das escolas para emprego full-time?”. Depende muito da escola. Então assim, se você disser “Ah, eu quero muito trabalhar.”, a gente ajuda você a encontrar uma escola que faça esse preparo. Então, por exemplo, a gente tem aqui em Tóquio, a Tokyo Galaxy, a Toyo, que elas fazem esse serviço, eles têm a feira de trabalho no início de semestre. Eles fazem aconselhamento, ajudam você a preparar um currículo, fazem preparamento de entrevistas que é uma coisa assim- aquela coisa chatíssima, meio japonesa de você bater duas vezes significa uma coisa, você bater três vezes significa outra na porta. Se você bater três vezes pode ser que você não seja contratado, porque é rude. Então, essas coisas bem japonesas, eles ajudam nisso e tem também preparativos para falar o Keigo que é a linguagem culta que eu mencionei antes. No trabalho, você vai precisar falar isso. O seu chefe, você tem que se referir a ele como uma pessoa acima de você. Então, isto é importante saber no trabalho. E se você fala que você quer trabalhar e for em uma escola desse perfil, eles dão as aulas para você saber isso.

A questão do financiador. Questão do financiador é ele obrigatoriamente tem que ser um familiar. Então, não pode ser um namorado, não pode ser um amigo. Ou você tem que ser alguém que você seja casado com, ou seja pai, mãe, avô, tio, irmão também pode e aí o requerimento é mais ou menos o mesmo. Ele vai ter que comprovar para seis meses ter esse ¥1 milhão em conta, esses R$ 30, R$ 32 mil reais e mandar uma declaração de imposto de renda. De novo, a declaração do imposto de renda ela é mais para confirmar que a pessoa recebeu o dinheiro, vamos dizer, legalmente, que ela trabalhou para isso. E a comprovação de renda ela normalmente é feita por um extrato. Então, se você tiver R$ 30 mil em conta, manda o extrato.

Lógico que não é um bom investimento você ter R$ 30 mil em conta parado. Então, se você tiver, por exemplo, estão em investimentos, beleza, manda o extrato de investimentos do banco e aí você explica, olha, esse investimento, por exemplo, está em fundo direto, é de resgate rápido, a gente explica isso para a escola. Isso que o nosso trabalho é importante nessa parte, sabe? Você explicar para uma escola japonesa o que que é um fundo direto, resgate rápido. A gente explica isso e não tem problema. Aí eles só precisam entender que você tenha realmente o dinheiro disponível.

“Para quem já mora no Japão, como funcionaria?” Quem já mora no Japão, o processo é um pouco mais fácil. Eles seria mais ou menos como se você fosse se cadastrar em um CCAA, em uma Wizard da vida. Então, você simplesmente chega na escola, mostra o seu passaporte, mostra o seu Zairyu Card, o cartão de residente e aí você paga de três em três meses.

A mensalidade seria o mesmo valor, mas você não faria um curso, vamos dizer, de um ano de duração. Você pagaria de três em três meses e faria vários cursos pequeneninhos, emendando um no outro. E a grande graça é que não tem nenhum requerimento nisso. Como você já está no Japão e já tem o seu próprio visto, a escola só vai perguntar, “Você quer estudar aqui?” “Quero.” Beleza, paga. Não tem checagem de background, de imposto de renda, comprovação, não tem nada disso. Também tem a relação da idade que eu mencionei nisso.

Algumas escolas no Japão, realmente pedem, elas tem um limite que não pode mais de 30 anos. Por isso que é importante falar com a gente, que a gente sabe quais são as escolas, a gente conversa com elas. Então se você vier com o visto de estudante, a gente já coloca você numa escola tipo o Intercultural, que eles não tem limite de idade. Se você estiver no Japão, não tem problema. Porque a grande questão é eles concederem o visto para você. Se você está no Japão, você está morando aqui, você pode ter 40, 50 anos e se inscrever em qualquer escola. Algumas vão falar assim, “Aqui é puxado, aqui é complicado.” Mas você está legalmente qualificado a se inscrever em qualquer uma. Estando no Japão é muito mais fácil todo o processo de inscrição.

“Eu nunca declarei imposto, mas eu tenho dinheiro.” Não tem problema, você teria que nesse caso comprovar com o holerite. O importante é que você comprove que você tem uma renda. Se for uma coisa tipo, “Eu sou autônomo, eu não declarei imposto de renda e não tenho nenhum recebimento.” É mais complicado, mas dá para fazer. A gente usaria contratos, se tivesse bastante dinheiro em conta, a gente falaria, “Olha, ele tem a grana, não é problema.” Mas aí seria uma coisa mais complicada, teria que negociar com a escola. Tendo um holerite que comprove, “Eu recebi esse dinheiro.” Não tem o menor problema.

“Extensão do visto”. A extensão do visto é super tranquila, e é inclusive uma maneira de você facilitar a sua vinda. O negócio de comprovação de renda, ele escala. Então se você está vindo por seis meses, é ¥1 milhão. Se você está vindo por um ano, são ¥2 milhões. E você teria que comprovar isso adiantado. O que você pode fazer? Você pode vir por seis meses, comprova ¥1 milhão e daqui a seis meses você tendo o seu visto comprova mais ¥1 milhão.

A extensão é tranquila a partir do ponto que você tenha as notas altas e você tenha uma presença em aula, ela é super tranquila. A única coisa que você tem que levar em conta é a duração dos cursos. Por exemplo, em algumas escolas o curso de janeiro é de no máximo seis meses, não tem como estender. Outras escolas, se você pegar o curso de abril, ele dura dois anos. Se você pegar o curso de julho, ele dura só um ano e meio. Então é só isso que é importante de avisar para a gente. Fala assim, “O meu plano, eu estou indo por seis meses, mas talvez eu estenda.” Então a gente vai e ajuda você e já coloca em uma escola que permita essa extensão. Porque se você chega na louca e fala, “Olha, eu vim aqui por seis meses, mas eu quero fazer mais seis meses.” Decisão de última hora, aí você vai ter que conversar com a escola e nem sempre permite.

Aproveitando já nisso, transferência de escola.

Como eu mencionei, as escolas são responsáveis por você quando você tem um visto de estudante. Então você veio, vamos dizer, para Akamonkai, aí você não gostou que você achou muito intenso e quer trocar de escola. A Akamonkai precisa aprovar a sua transferência e a escola nova precisa aprovar a sua vinda. As duas vão pedir para que você comprove nota, para que você comprove presença em aula, para provar que você é um bom estudante. E mesmo assim tem algumas escolas que não permitem isso de forma nenhuma.

Então é importante manter isso na cabeça de, entrou em uma escola é um comprometimento vindo com o visto de estudante. A menos que você avise, “Eu quero ter a flexibilidade.” A gente põe você em uma escola que permita a flexibilidade. Senão, dependendo da escola, você está preso lá, se você de repente desistir, você recebe o reembolso do curso que você não cursou ainda, mas é um reembolso parcial. Então é importante levar isso em consideração.

“O valor do curso é pago 100% no ato?” O valor do curso, se for um curso de até três meses, é 100% no ato. Um curso de seis meses também é 100%, ele é à vista, transferência bancária. Se for um curso de um ano, aí você pagaria de seis em seis meses. No mínimo é sempre seis meses, a menos que seja o curso de três meses, que aí são de três em três.

“Você recomendaria fazer um tempo longo, mais de seis meses?” Olha, depende muito do seu objetivo. Como eu mencionei, você aprende muito rápido em três meses. Então assim, você está começando a estudar japonês, não está indo no Brasil, você pode vir para cá fazer três meses e dar aquele ganho enorme e já vai para o N5, você já aprende bastante. Se você tiver um plano de longo prazo no Japão, se você quiser aprender bastante, se você tiver essa disponibilidade, seis meses realmente você tem muito mais benefício, não só de você poder trabalhar no Japão, você ter acesso ao sistema de saúde. Trabalhando no Japão, você aprende muito. É uma jornada dupla, você tem a aula, que vai explicar toda a teoria e depois você tem a prática, trabalhando com o pessoal em japonês, que ensina bastante.

Mas isso, lógico, vai depender da sua disponibilidade de grana e do seu plano futuro, porque japonês infelizmente é uma língua muito difícil, você sai do zero em seis meses, você vai chegar, vou dizer, por volta do N4. Em seis meses você vai do zero até o N4, que é um nível muito legal, que se você for um yonsei já é um nível para você aplicar para o visto de yonsei, mas não é um nível para você conseguir trabalhar em japonês, tipo em uma empresa que dê visto de trabalho e não é um nível para você fazer uma faculdade.

Então, você tem que levar isso em consideração. Se você já tiver, por exemplo, “Ah, eu já tenho um N4.”, “Eu já tenho um N3.”, aí seria o bastante. Se você chega para cá, estuda um ano, estuda seis meses, já chega no N2, aí já pode, vamos dizer, ter uma vida no Japão em japonês. Então, é uma coisa assim, realmente depende muito do seu plano e de quanta grana você tem disponível.

“Média de gasto com transporte, alimentação para um ano?” Olha, a questão de transporte é complicada, porque no Japão você paga por distância percorrida. Então, por exemplo, quanto mais longe for a sua casa da estação do seu trabalho, mais dinheiro você vai ter que pagar. Então, depende muito realmente.

A questão de alimentação, a nossa estimativa é por volta de uns ¥1000 por dia, vamos dizer assim. Uns ¥100, ¥200 com o café da manhã, que é uma coisa que você tem em casa, uns ¥500, ¥600 com o almoço e aí, tipo, uns ¥300, ¥400 com um jantarzinho. Isso, lógico, no dia a dia, uma coisa assim para a sobrevivência. Se você for jantar fora, você pagar ¥1000, ¥1200 em um restaurante. até a churrascaria aqui no Japão acho que é ¥3500, isso vai dar uns R$ 100, que é mais barato que em São Paulo ainda assim, né?

“Meus pais possuem uma empresa que eu trabalho, mas não tenho carteira assinada, o que posso fazer para declarar o trabalho e esse dinheiro?” Não tendo carteira assinada, não é um problema, a gente não usa carteira assinada para isso. Se você tiver uma declaração de imposto de renda, pode ser a declaração e se não, teria que ter uma coisa, por exemplo, um contrato de trabalho que mostre que você está contratado por tanto tempo, recebendo tanto dinheiro. O que a gente precisa é de algum documento oficial que diga que você está contratado e que você recebe dinheiro. Pode ser holerite, contratos de trabalho, imposto de renda, só precisa dessa comprovação.

“Eu tenho o visto de residente, trabalho em fábrica, pretendo estudar um ano, os valores são diferentes com o visto de residente?” A única coisa que é diferente é que você já estando no Japão, você não paga as taxas de aplicação e de visto, porque quando você faz um curso de longa duração, o preço é um pouquinho maior, vamos dizer, sei lá, um exemplo bobo, se você fizer um curso de três meses, você vai pagar 200. O curso de seis meses, ele não é 400, ele não é simplesmente o dobro. Ele vai ser, sei lá, 450, porque tem a taxa do visto, para criação do visto de estudante, para a confecção dos seus documentos, todo esse trabalho. Já estando no Japão, você paga sempre o custo de três meses. Então, você pagaria 200 e 200, nesse caso. Então, essa seria a diferença de preço, o resto continua exatamente igual.

“Qual o preço do pacote mais em conta de vocês dentro de seis meses?” Olha, a questão é, a gente não trabalha com pacote, a gente trabalha com o preço da escola e aí vai depender muito. Por exemplo, Tóquio é uma cidade muito cara. Só que a Akamonkai é uma das escolas mais baratas que a gente tem e eles oferecem dormitório. Então, esse pacote, vamos dizer, uma Akamonkai com dormitório sairia mais barato do que você, por exemplo, em Quioto, mesmo o custo de vida sendo menor.

Em geral, a opção que eu recomendo para o pessoal que quer economizar seria ir para a Hokkaido Academy, que ela fica lá em Sapporo, capital de Hokkaido, que é uma cidade com um custo de vida muito mais barato, eles oferecem dormitórios e é muito mais barato o curso também. Hokkaido Academy tem um preço muito acessível, a ALA e a Tokyo Galaxy em Tóquio também tem preços muito bons. Em Quioto você também consegue uns preços acessíveis. Depende muito, por exemplo, você fala, “Eu já moro em Quioto.” Lógico que em Quioto seria mais barato estudar, mas vindo de fora podendo escolher qualquer lugar, Hokkaido aqui eu também acho que é uma das que são mais elogiadas, não só por ser uma excelente escola, mas por ter um custo de vida mais acessível. Fora que é Hokkaido, você foge desse verão insuportável que a gente está aqui, essa temperatura recorde.

“Objetivo, trabalhar full-time. Tenho o diploma de faculdade, mas não tem experiência”. Aí você está legalmente qualificado para vir para o Japão e conseguir um visto. Você está qualificado para isso. E a questão seria mais ou menos, vamos dizer, você iria procurar um emprego normalmente. A graça você vindo por seis meses, vindo por um ano, você tendo mais tempo, você pode procurar com calma, mas é meio que tem que dizer assim, como conseguir emprego no Brasil. A diferença é que no Brasil a gente está com 13% de desemprego e no Japão eles tem pleno emprego. Então teoricamente é mais fácil, mas a grande questão é qual que é o seu diferencial.

Por exemplo, porque que eu trabalho aqui? Por que eu tenho diploma de marketing, eu tenho experiência com isso e eu moro em Tóquio e que eles precisavam de alguém que falasse português. Então aqui está uma empresa em que o diferencial meu era simplesmente falar português. Eu tenho um diploma, isso foi importante, mas o meu diferencial era falar português. Então você tem que pensar, “Ok, eu estou indo para o Japão, que tipo de empresa vai me contratar e qual que é o meu diferencial?” Se você não tem experiência, o seu diferencial vai ser a sua vivência de vida. Então você precisa assim, “Eu falo português, eu falo talvez inglês.” E aí você aprendendo japonês, você já é uma pessoa que beleza, dependendo da sua formação você pode trabalhar no comércio ou se você for um administrador você já pode fazer um meio de campo entre um japonês e um brasileiro ou um português. Então é meio isso. Já começa a mudar de dica de viagem de vir para o Japão para dica de emprego. Eu não sou muito bom nisso, desculpe.

“Eu moro em Tóquio, eles indicam arubaito também?” Indicam. Lógico que estando dentro de uma escola que faça esse trabalho, nem todas as escolas fazem. Por isso que é importante avisar. Por exemplo, a Akamonkai que eu mencionei, por ela ser tão exigente, por eles quererem que você estude quatro horas por dia em casa além das aulas, eles não querem que nenhum aluno faça arubaito durante os primeiros seis meses, é foco total na escola.

Então você tem que dizer para a gente, “Olha, eu quero trabalhar enquanto eu estudo.” A gente põe você em uma escola que ofereça esse trabalho. Mas sim, estando em Tóquio não tem o menor problema.

“Quais escolas você indica em Tóquio que não seriam tão caras que fossem não tão exigente, pois tenho família?” Olha, depende muito do perfil da pessoa, por isso que é legal mandar um e-mail para a gente. Por exemplo, comparativo de três escolas rápidas aqui:

  • A Toyo é uma escola que eles tem um sistema de cinco metas diferentes. Então você vai para a Toyo, você fala “eu quero fazer faculdade” ou “eu quero trabalhar.”, e eles tem para cada um curso diferente.
  • A Tokyo Galaxy é especializada nas aulas optativas, então são mais de 200 aulas eletivas, cada uma com um perfil diferente. Então você pode fazer além da aula de japonês, você vai ter uma aula sobre cultura, uma aula sobre história do Japão.
  • E você tem o Intercultural Institute of Japan, que é bem generoso, ele aceita pessoas de qualquer idade, o requerimento dele é bem mais baixo, mas ainda assim uma excelente escola, que é excelente para o pessoal que está começando. E fica em Akihabara!

Então dependeria do seu perfil. Se você já sabe um pouco de japonês, talvez eu colocaria você na Galaxy. Se você está começando do zero, eu colocaria você no Intercultural. Então precisa mandar um e-mail para a gente mesmo. A gente não pede “mande um e-mail para o orçamento.” mas para uma recomendação é legal que você mande um e-mail para a gente entender mais o seu perfil e entender qual escola que te serviria melhor.

“Tenho amigos em Hokkaido, poderia me hospedar na casa deles?” Pode. Não tem o menor problema. Questão da acomodação não teria nenhuma exigência em relação com isso. Você não precisa comprovar endereço, não precisa obrigatoriamente ficar em nenhum dormitório. Você indo para a escola todo dia, está tudo ótimo, só não dorme embaixo da ponte, por favor.

“Com o JLPT N3 e inglês fluente, há chances de conseguir um emprego daqui do Brasil em uma empresa de engenharia que envie para o Japão?” Essa é uma pergunta mais de mercado de trabalho. Eu conheço casos de pessoas que fizeram isso, mas eu não sei qual que é a dificuldade, eu não sei qual que é a particularidade. Por exemplo, tem um amigo meu que ele quer vir para o Japão, ele trabalha em uma multinacional que tem sede no Japão e no Brasil, ele simplesmente vai pedir a transferência entre sedes. Aí, chegando aqui, ele vai falar com a gente para se matricular em uma escola de idiomas e aprender o japonês. Então, é uma coisa que já começa a ficar meio caso a caso, sabe? Eu não tem como entrar muito em detalhes nisso, desculpe.

Para quais cidades ou níveis costumam ir mais brasileiros?”. Olha, é bem interessante se você entrar no site do consulado brasileiro no Japão, eles mostram um mapa do Japão, em que cidades tem mais pessoas. É engraçado porque se você for para Aichi, a região lá de Nagoya, a grande maioria, tipo 50 mil brasileiros. Se você for lá para Hokkaido tem, tipo, 40 brasileiros em Hokkaido inteira.

Muita gente acaba pedindo para a gente “Ah, eu quero ir para Nagoya. Eu quero ir para Aichi.”, só que sinceramente a gente tem dificuldade de recomendar boas escolas dessa região, porque, como vocês sabem, é um lugar que muito descendente vai para trabalhar em fábrica. Mesmo a pessoa que vai lá para estudar, eles acabam indo mais para trabalhar nas fábricas e, por isso você tem uma dificuldade que algumas escolas funcionam meio como porta de entrada para emprego em fábrica, não para aprender o idioma, sabe?

Então, não é uma escola que a gente recomenda para o pessoal que quer ir aprender japonês. Então, a gente acaba não trabalhando com nenhuma escola naquela região. Estamos procurando uma parceira lá, mas não tem nenhuma escola por enquanto na região de Nagoya que a gente garanta “aqui você vai aprender japonês sério”.

“Tenho cidadania, para ir para o Japão a trabalho precisa tirar passaporte brasileiro e japonês?”. Se você tiver realmente uma cidadania japonesa, você pode vim só com o passaporte japonês, o brasileiro você não precisaria para nada. Eu precisaria saber realmente qual que é o seu tipo de cidadania, se é nissei, se é realmente o passaporte japonês, cidadão japonês. Varia caso a caso.

Lógico, qualquer pessoa que tiver alguma dúvida, alguma coisa assim, é só mandar um email para a gente. Se quiser saber valores, tem tudo no site. Se tiver uma dúvida mais pessoal, pode mandar email para a gente. Como eu falei, cai tudo já na minha caixa. Não tem nenhum filtro nem nada. Você mandou o e-mail em português, eu que vou responder. Você quer falar com a gente, quer ligar, marca uma ligação de Skype que a gente tem a diferença do fuso-horário. Aqui são 10:00 da manhã. Está sol lá fora, segunda-feira. Aí é o final do Dia dos Pais, então tem essa questão do fuso-horário.

Esse vídeo vai ficar aqui na nossa página do Facebook e a gente vai subir também no YouTube para ser uma referência, porque realmente não tem esse tipo de informação e a gente está tentando trazer para ajudar o pessoal. Fala-se muito do visto de descendente, nissei, sansei, e agora yonsei. Fala-se muito da bolsa do MEXT, mas não explicam que você pode vim sem ter nada disso. Eu mesmo prestei a bolsa do MEXT, como eu falei, três vezes. Falhei, não consegui. Passei do limite de idade e hoje mesmo assim, eu vim para o Japão, aprendi japonês e trabalho aqui. Então, é importante saber essa opção. É cara? É, mas é uma opção para a gente que, como eu, já não teria mais nenhuma outra opção.

“Tirando a hospedagem, quanto eu deveria ter em conta, R$ 30 mil?” R$ 30 mil inclui tudo, inclusive as aulas. Por isso que eu falo que ele é a primeira coisa que você vai mostrar. Você fala “quero ir para o Japão.”. Aí a gente vai pedir vários documentos, inclusive a grana. Esse valor é, como eu falei, ¥1 milhão para seis meses. É um valor para pagar as suas aulas, moradia, transporte e alimentação, já com uma margem de segurança. É isso que você precisa comprovar, mandando um extrato, mandando um relatório de investimentos ou algo assim.

E então é isso. Agradeço muito ao pessoal que acompanhou, vamos encerrando aqui a live, muito obrigado. Uma boa noite para vocês, um bom final de domingo e um bom Dia dos Pais.

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